Lyrics of 'Soldado do Gueto' by Sobrevivente Moral

Alan
Não quero mais otário atrasando o povo
Promovendo a miséria os manos instinto criminoso
Na busca de carro, moto um ponto de cocaína
Se tornando um traficante vendendo a sua alma pro Diabo na esquina
Era mais um mano que simplesmente tinha dignidade
Trocou ela por um cano se tornando mais um covarde
Daqui pra frente vai ser mais um defunto
Com dois tiros na cabeça e pra família estamos de luto
Não me omito falo a realidade
Quem assistiu o mensalão e o tráfico de armas sabe
Que a gente não tem motivo para cantar mentira
Não é ficção em nossas mentes é o que acontece no dia a dia
Até o congresso virou motivo de piada
Deputado saindo na mão querendo levar lucro pra casa
Chega de observar isso todos os dias
Por isso eu sou mais um intérprete rimando a agonia c

Compositor da guerra, da paz se liga moro
Tem os dois lados da moeda por isso eu mostro meu valor
Defendendo os direitos da favela
E a simplicidade de cada mano que convive nela
S.M. sempre vai ser quadrilha positiva
Relatando os alvos inocentes dos engravatados e da polícia
Que só pensa em regredir o nosso lado
Mas somos sobreviventes e eu falo o que eu acho
Que vêm de dentro se expressando a cada momento
Rimando a família que só têm perdas e sofrimento
A mãe trabalhando de doméstica
Com as veias alteradas carregando as sequelas
O filho que infelizmente é dependente
Empenhorando a roupa do corpo pra manter o vício inconsequente
Consumindo crack, cocaína
Vai ser mais um defunto se não pagar a dívida
Essa é a realidade que persiste aqui
Na estrada da dor vários têm um triste fim
Mas somos S.M. vamos lutar e ser letal
Que Deus ilumine a nossa trajetória até o final.

Refrão
Sou soldado do gueto da periferia.
Rimando contra a covardia.
Sou soldado do gueto da periferia.
Denunciando a patifaria.
Sou soldado do gueto da periferia.
E vou lutar até o final.
Sou soldado do gueto da periferia, periferia, periferia.
Contra o sistema do mal.

Nildo
Já to revoltado com essa merda de situação
Onde a lei aqui promove apenas a repressão
Todos os dias na tela de televisão
Eu vejo a elite trazendo pra nós inquietação
Enquanto isso a gente aqui vive tendo como cotidiano
Um salário mínimo, mais mesmo assim sendo um digno mano
Observando a miséria e a pobreza
Em país de fome onde muitos têm a certeza
Que pra alcançar o sonho de carro, status, capital
Só mesmo com calibre na mão no Brasil essa é a real
Só que podemos mudar essa sina viver outra realidade
Conseguir vencer na vida sem ter sido outro covarde
Eu sei que é difícil vencer na vida sem meter um banco
Só que eu não quero o gambé descarregando a traca em seu crânio
Você pode ser um soldado do gueto como eu
Que quando a fome na barriga aperta penso na minha família e também em Deus
Só mesmo agindo assim vou alcançar aquilo que mereço
A gente colhe o que planta às vezes a vida cobra um alto preço
Vamos lá você pode encontar a paz
Basta lutar sem o lado dos outros atrasar
Você é forte é um guerreiro e mesmo que fechem o certo não abandone seu posto
Prepare o revide prepare o troco
Só dessa forma irá passar dos vinte e um dia vai poder ser alguém na vida
Um soldado que nunca desiste um exemplo pra periferia
Como Martin Luther King, Zumbi entre outro manos
Que nunca desistiram sempre tiveram na mente o plano
De libertar o oprimido do sofrimento, da agonia
Todo mundo que vive no gueto passa aperto no dia a dia
Mas isso não justifica
Partir pro crime entra em um jogo
Onde mais cedo ou mais tarde a casa cai e se for um mal guerreiro seu prêmio é o desgosto
Ser abatido com uma par de tiro ser outro soldado morto uma carta fora do jogo.

Refrão
Sou soldado do gueto da periferia.
Rimando contra a covardia.
Sou soldado do gueto da periferia.
Denunciando a patifaria.
Sou soldado do gueto da periferia.
E vou lutar até o final.
Sou soldado do gueto da periferia, periferia, periferia.
Contra o sistema do mal.