Lyrics of 'A Branquela Racista' by PS Raio Negro

Sigo na luta, trabalho dobrado
Provar pra aquela branquela racista
Que falou eu não tinha futuro, vocês tão enganado
Sigo na luta, trabalho dobrado
Provar pra aquela branquela racista
Que falou eu não tinha futuro, vocês tão enganado

Bate cabeça e convoca a roda punk
Gastando enquanto o vermelho da minha pele ainda não é de sangue
Mas quem é você pra falar do meu trampo? Sua filha xonada num preto favela
Tua mãe falou que não tem neto da minha cor, mas tu compensa por ela

Enfia tuas regra na bunda, cheio de ódio, veia pulsante
Tu com medo de ser assaltada, eu com medo de acharem que eu sou assaltante
Falando que eu perdi meu futuro por causa de um copinho de corote?
Tu nunca viveu na favela, baixada é cruel, faz o recorte

Tu é a água fervente que tentou descongelar o gelo que chamam pelo meu nome
O susto foi quando ao invés de pegar no fuzil, eu peguei no microfone
Você bate cabeça puto com o sucesso
Eu vou bater cabeça no show que eu vou fazer
Pra mim o caminho é mais longo, difícil o processo
Se liga que você vai me ver

Ei, ou, pretos no topo my nigga
Você acabou com a minha autoestima e hoje eu vou acabar com a tua vida
Falando a, fazendo b, como bolsonaro defendendo pobre
Tu segurou o ouro nas mãos, olhou bem, falou que era cobre

Sigo na luta, trabalho dobrado
Provar pra aquela branquela racista, que falou eu não tinha futuro, vocês tão enganado
Sigo na luta, trabalho dobrado
Provar pra aquela branquela racista, que falou eu não tinha futuro, vocês tão enganado

Vocês tão se sentindo neil armstrong, tão pisando fofo
Mal sabem que o seu chão de vocês tá assim, porque vocês tão pisando no mofo

Se acha que eu sou alcoólatra? Tô bebendo talento no gargalo
Você pra mim é formiga, formiga vai morrer pra uma manada de cavalo
Pra te salvar é um galo, e não falo do atlético mineiro
Nunca subestime um menorzin preto, mas isso é só um conselho

Aprendi mil e uma formas de fazer ovo só pra diferenciar o prato
O cozido, o frito, na farofa, omelete, ainda tem o assado
Mas nunca precisei de você, nunca te pedi um real
Como você acha que tem moral pra falar de mim, chega a ser surreal

Quem é de dólar é mais alto, né? Peguei sua visão
Que se minha mãe voltar a ser empregada, ela pode te chamar de patrão
Tia, quem define meu futuro sou eu, que se fosse Deus, os preto não tava assim, né?
Sua opinião que se foda, economiza saliva, não opine

Tu não é laranja, mas é tão ruim quanto
Eu ainda estar vivo te causa espanto
Eu e tua filha, pra tu é adaga e o manto
Brota na reta que eu janto

Minha vitória te deixou em pranto
Olha as merda que eu canto
Te deixo travado no canto
Se fica puta porque depois de conceição, sou o melhor nos conto
Troquei tua água por absinto, chama de ab-santo

Sigo na luta, trabalho dobrado
Provar pra aquela branquela racista, que falou eu não tinha futuro, vocês tão enganado
Sigo na luta, trabalho dobrado
Provar pra aquela branquela racista, que falou eu não tinha futuro, vocês tão enganado