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Enquanto o relógio marca meia, meia, meia
Enquanto os sinos batem, noite de Lua cheia
Porque os versos precisam se manifestar agressivos?
Virado mais pro lado dos poetas demoníacos
Vão pelos cantos num lugar aí qualquer
Estar em modo de profeta pra escrever o que quiser
A qualquer momento a máscara cairá do rosto
Uma cara que fez uma cara com um ar de mau disposto
Consciente do poder que anda solto
Visito tumbas ganho a consciência daquele morto
Sempre fui na tumba certa honoráveis visitei
Quanto tempo mais de vida tiver mais obterei
Fui na dos humildes eu sempre respeitei
Fui na do genocídio mas nunca de nenhum rei
Como pode um ser humano chegar a um ponto tão nervoso
Que utiliza na poesia um jeito tão lacrimoso
Porque isso vai, mas depois volta
Porque isso vai, mas depois volta
Porque isso vai, mas depois volta
Porque isso vai, mas depois volta
Dentro um lugar abandonado coberto com tanto pó
Um piano uma tecla tocando uma nota só
Dentro vozes nunca param de cantar no meio da noite
E os relógios ainda marcam, funcionam até hoje
É o próprio destroço da art
Grades da prisão que encontraria a liberdade
Notas do horror verso aterrorizador
Toca, toca como a morte uma vez tocou
Sentindo o toque agora da forma que o artista canta
Quem escuta nunca retorna sem ouvir vozes que lhe chamam
Onde vem inspirações do lugar mais profundo
Como obter vantagens do outro e trazer pra esse mundo
Pegando um que estava aqui, juntando ali com um outro
Faço o preço, faço o pagamento recebendo o troco
Como pode um ser humano chegar a um ponto tão nervoso
Que utiliza na poesia um jeito tão lacrimoso
Porque isso vai, mas depois volta
Porque isso vai, mas depois volta
Porque isso vai, mas depois volta
Porque isso vai, mas depois volta
Silêncio mórbido, nesse lugar
Voz melancólica começou a cantar
Era maléfica de notas agudas pelos ares
Se houvesse nelas cor, tom seria de escarlate
Todo mundo se mexendo e lá na mesma posição
Sozinho ficava alheio à toda aquela agitação
As visões eram infernais e diabólicas
Combate interno escrevendo poesias góticas
Proferir injúrias, frases contraditórias
Infame e caluniada eu disse poesia gótica
Em letras lês frases mais escuras que já leste
Se não isso nunca ouviriam um verso escuro como esse
Parte horrorosa da canção que não existe
E ganha existência de um modo inesperado
Na noite linda ensanguentada com um capuz
Razão pela qual me querem ver pregado na cruz
Pregado na cruz, Pregado na cruz
Não, não, não, não, não
Porque isso vai, mas depois volta
Porque isso vai, mas depois volta
Porque isso vai, mas depois volta
Porque isso vai, mas depois volta
Porque isso vai, mas depois volta
Porque isso vai, mas depois volta
Porque isso vai, mas depois volta
Porque isso vai, mas depois volta
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