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Se a polícia te mandar pôr a mão na cabeça
Tenta sobreviver alegando que é favelado de direita
Não esquenta se for abatido pela origem pobre
Vão escrever: Mi, mi, mi do caralho, erros ocorrem!
Surpresa do tal ideologia do estado militarizado
Não te deixa imune ao preconceito enraizado
Não é porque você aplaude operação com 11 mortos
Que isso te faz rico, europeu nórdico
Discurso de ódio não te fará aceito pelos bacanas
Você é réplica dos manos de calça caqui e camisa branca
Que chegam no fórum de chinelo, algemados
Com os braços entrelaçados nos outros, olhando pra baixo
Não acredita, vai fazer um rolê nos Jardins
Pra ver se não acaba tendo que comparecer no Decrim
Abastardo não é contra socialismo ou comunismo
Só quer 1000 escravos na sua fábrica produzindo
Só te quer de idiota útil pedindo lei severa
Contra a sua própria classe, sua etnia, sua favela
Só quer que continue sendo habitual
Nosso nome no departamento de inquérito policial
Mas tendo que andar com cartão de advogado
Alô Doutor, flagrante armado, dá meu Renault pro delegado
Quando a política de encarceramento te transformar em preso
Não esquece de fazer arminha com o dedo
O sangue que derramam na rua é igual o seu
O retrato falado dos procurados é o seu
Pode ser o fantoche plagiando ódio da classe dominante
Mas nunca vai sentar na mesa da casa grande.
O sangue que derramam na rua é igual o seu
O retrato falado dos procurados é o seu
Pode ser o fantoche plagiando ódio da classe dominante
Mas nunca vai sentar na mesa da casa grande.
A direita te deixou tão idiotizado
A ponto de ser devoto fervoroso do Borba Gato
A ponto de fazer coro com os depravados
Que homenageia a Princesa Isabel na câmara dos deputados
É seu irmão de calvário que tá no hospital
Baleado no aparelho e sem atividade cerebral
É sua mãe que em breve vai pedir indenização
Quando só restar de você no ar sua voz, a última gravação
E nesse dia, espera um boy cuzão
Protestando a seu favor com a camisa da seleção
Odeia a facção sem ver que o sistema dá a missão
Da tesouraria, da megaloja, do material de construção
É ele que faz mano fechar a rua com carro queimado
Dar fuga em baixo de tiro pelos telhados
A intolerância contra LGBT, nordestino e negro
É um crime hediondo contra você mesmo
Quando pede ditadura, pena de morte no Brasil
Ta amarrando C4 no peito e acendendo o pavio
Muito pior do que um playboy genocida
É pobre pai Tomaz se apropriando da estupidez nazista
Apoiando verme que mete em mãe 180'art.
Ciente que é do filho a Bandit cabrito na residência
Quantos de nós precisam de etiqueta no dedão
Pra ver que tem afeição padrão das vítimas da aniquilação.
O sangue que derramam na rua é igual o seu
O retrato falado dos procurados é o seu
Pode ser o fantoche plagiando ódio da classe dominante
Mas nunca vai sentar na mesa da casa grande
O sangue que derramam na rua é igual o seu
O retrato falado dos procurados é o seu
Pode ser o fantoche plagiando ódio da classe dominante
Mas nunca vai sentar na mesa da casa grande
Adotou a falha, e os valores das famílias
Que tem terras roubadas de quilombolas indígenas
Por isso, acha que preso tem que tá em cubículo
Sem direito a LEP, apoio jurídico
Seu governo que da o cu pra Americano
É o mesmo que escraviza Boliviano, Haitiano
É o mesmo que vendeu a falsa fórmula pacifista
Que diz que é só impedir a visita íntima
O judiciário que você ama tem tanta escória
Que quem entende perde a linha na audiência de custódia
Juiz vai tomar no cu, MP vai se foder
Que moral cês tem pra me acusar, me prender?
Seu ponto de vista fundamentado no Brasil Urgente
Aprendeu a criminalizar o mais carente
Porém, não somos nós os filmados
Jogando no córrego, o adolescente baleado
Por causa de lacaios como você que renega a favela
Que crianças são expostas no programa do sol, na passarela
Como escravos no porto, são desumanizadas
Desfilam em shoppings na ilusão de serem adotadas
Se fosse você, tendo que implorar todo dia
Oportunidade pra vender cocaína
Não ia pôr camisa de torturador, com certeza
Nem cagar pela boca dizendo que o nazismo é de esquerda
O sangue que derramam na rua é igual o seu
O retrato falado dos procurados é o seu
Pode ser o fantoche plagiando ódio da classe dominante
Mas nunca vai sentar na mesa da casa grande
O sangue que derramam na rua é igual o seu
O retrato falado dos procurados é o seu
Pode ser o fantoche plagiando ódio da classe dominante
Mas nunca vai sentar na mesa da casa grande.
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